quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ponte avalia possibilidade de pedir anulação do jogo com o Fluminense

Por Heitor EsmerizCampinas, SP
  A polêmica derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no último domingo, no Rio de Janeiro, ainda repercute na Ponte Preta.Depois de entrar com representação contra o árbitro Nielson Nogueira Dias, que foi afastado pela CBF, a diretoria alvinegra avalia a possibilidade de pedir a anulação do duelo com o líder do Campeonato Brasileiro.

  O processo está no início. O departamento jurídico do clube estuda a pertinência do caso antes de apresentá-lo à cúpula alvinegra. Segundo o diretor jurídico da Ponte, Dr. Tagino Alves Santos, a avaliação passa pelo recolhimento de provas e também pela busca de algum precedente no STJD. A previsão é que o estudo seja finalizado no início da próxima semana, mas, para evitar reflexos políticos, a Ponte só tomará uma decisão após definir sua situação no Brasileirão.
- Vamos fazer um estudo minucioso sobre os lances capitais do jogo. É uma situação que envolve muitas coisas. Primeiro, vamos buscar um embasamento jurídico. O passo inicial é ir atrás de precedentes. Se algum jogo já foi anulado, se basear neste caso. Mas que eu me lembre, isso (anulação) nunca aconteceu. Depois, tentaremos reunir provas suficientes para ter algum resultado positivo, como comentários de profissionais de arbitragem – disse Dr. Tagino, por telefone, na tarde desta quinta-feira.
  As principais reclamações da Macaca são nas jogadas que garantiram a virada do Flu. A Ponte vencia até os 34 minutos do segundo tempo, quando Nielson marcou toque de mão de Luan dentro da área e assinalou pênalti, apesar do time paulista reclamar que a bola bateu no braço involuntariamente. Fred empatou. Depois, aos 43, Marcos Júnior se enroscou com Renê Júnior na ponta direita, puxou a camisa do alvinegro quando caía, e o árbitro deu falta para o Tricolor. Da cobrança, nasceu o segundo gol carioca, com Gum, de cabeça. Em ambos os lances, o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba apontou erros do árbitro.
- É claro que a Ponte está indignada, mas nós temos de ter um cuidado muito grande, já que é uma medida grave. Aqui na Ponte Preta ninguém quer uma aventura jurídica – disse Tagino. Se a Ponte entrar com pedido e a CBF acatar, os efeitos do resultado (pontos, gols, cartões) serão cancelados e uma nova partida será remarcada, segundo o diretor jurídico da Ponte.
  Para o presidente da Macaca, Márcio Della Volpe, a principal preocupação da Ponte no momento é fazer com que 'os pontos perdidos para o Fluminense não façam diferença ao fim do campeonato'. A Ponte está a duas vitórias de garantir a permanência na elite nacional. Della Volpe ainda acredita que o parecer do departamento jurídico precisa estar bem amparado para que o clube escolha abrir o processo.
- Anulação de jogo é uma situação bem complicada. Nunca houve. Mas deixamos na mão do departamento jurídico. Vamos ver o que eles vão trazer para a gente. Se houver provas suficientes, vamos em frente, até porque o árbitro já admitiu os erros. O que queremos agora é fazer a nossa parte dentro de campo - comentou o mandatário alvinegro.
  

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