sexta-feira, 11 de agosto de 2017

E o primeiro turno se foi

   O primeiro turno do Brasileirão acabou, metade do campeonato já se foi e o Fluminense se encontra na nona posição. Apenas 2 pontos do G-6 e 7 para a zona de rebaixamento. Isso mostra que o campeonato ainda está muito embolado do meio para baixo. Para o Flu poderia estar menos, mas muitos vacilos impediram o Tricolor de estar numa posição maior, com muito mais tranquilidade. E o principal fator para isso foi o mau desempenho do time dentro de casa. A boa campanha fora fez com que o Fluminense não passasse sufoco no campeonato, mas se a equipe almeja algo maior no ano, deve focar no desempenho como mandante. Isso tudo será desmembrado abaixo, com a campanha do Tricolor, os altos, os baixos, o destaque e o que de mais importante aconteceu com o Fluminense nessa primeira metade de Brasileirão.

A campanha

19 jogos
6 vitórias
8 empates
5 derrotas
29 gols marcados
27 sofridos
Artilheiro: Henrique Dourado(10 gols)
Aproveitamento: 45,6%

Altos

O início de campeonato do Fluminense foi muito bom. Com uma tabela difícil, o Flu ganhou do Santos em casa e do Atlético-MG, fora. Na terceira rodada veio a derrota para o Vasco e logo após a vitória e o empate contra Vitória e Atlético-PR, esses dois jogos em casa. Nesse momento o Fluminense se encontrava na quarta posição e parecia que poderia surpreender no campeonato, mesmo com um time tão jovem. O meia Sornoza havia se lesionado na segunda rodada, e ficaria de fora por três meses. As lesões foram um dos empecilhos do Tricolor no campeonato.

Baixos

Logo após seu melhor momento no campeonato, veio o pior momento, e ironicamente não foi o momento em que o Fluminense ocupou sua pior posição na tabela. Começando no empate contra o Atlético-PR, em casa, o Fluminense amargou 4 jogos sem vitória, com 2 empates e 2 derrotas seguidas. O Fluminense chegou a ficar novamente 4 jogos sem vencer, mas não foram com 2 derrotas. Os empates foram o que pesaram nessa campanha Tricolor. Ao lado do Flamengo, foi o time que mais empatou no campeonato, e muito desses empates foram vacilos, jogos em que o Flu poderia ter saído tranquilamente com a vitória, mas por conta de bobeiras, incompetência ou estratégias mau-traçadas, perdeu pontos valiosíssimos. Os empates contra Atlético-PR, Flamengo(em que ganhava até os 49 minutos), São Paulo, Chapecoense, Bahia e Sport são exemplos de partidas em que o Tricolor tinha tudo pra sair com os 3 pontos. Somados os pontos perdidos nesses jogos, o Fluminense estaria com 38 pontos, ocupando a terceira colocação do Brasileirão. A juventude do time também pode ser creditada como justificativa para esses pontos perdidos. Vários jogadores estão jogando pela primeira vez um Campeonato Brasileiro da série A e as vezes a falta de experiência influenciou.

Mandante

O Fluminense teve um grave problema, que foi os pontos perdidos em casa. Ao todo, foram 10 jogos, com 3 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Ocupa a décima quinta colocação dos melhores mandantes. Apenas 43% de aproveitamento. Dessas 10 partidas, 8 foram no Maracanã e 2 em Edson Passos. A média de público da torcida Tricolor é de 15 mil pagantes, a décima maior média. Um número baixo, abaixo da média do campeonato, que é de 16 mil, mas é um número normal para o padrão da torcida Tricolor, e isso não é um elogio.

O Destaque

O principal jogador do Fluminense no primeiro turno foi o atacante Henrique Dourado. Com 10 gols, ele é o vice-artilheiro do campeonato e responsável por 35% dos gols Tricolores. Muito questionado pela temporada ruim que teve em 2016, quando fez 2 gols em 14 jogos, o Ceifador deu a volta por cima e virou um dos queridinhos da torcida. Mas não apenas os gols lhe deram esse posto. Sua raça, vontade e comprometimento com o time fizeram com que Henrique tivesse seu nome cantado várias vezes pela torcida, até quando dava um simples carrinho.

Dourado é o artilheiro do Flu e do Brasil no ano de 2017
















Revelações

Por está passando por uma grave crise financeira, o Fluminense teve que recorrer as categorias de base para completar seu elenco. E os moleques de Xerém não decepcionaram. Ao todo, 18 jogadores formados na base Tricolor entraram em campo, fazendo com que o Flu fosse a equipe que mais utilizasse sua base no Campeonato Brasileiro. E dentre eles alguns se destacaram. Um deles já não é tão garoto, mas aos 25 anos, Reginaldo tem nessa temporada a sua primeira oportunidade de jogar pela equipe profissional do Tricolor. Ele entrou no time na quarta rodada e não saiu mais do time, até se lesionar contra o Coritiba, na décima quarta rodada. Outro que já era pedido pela torcida, mas que demorou para que Abel Braga o escalasse, foi Marquinhos Calazans. Também estreando no elenco profissional, o meia atacante entrou no time no jogo contra o Palmeiras, na terceira rodada, e a partir dali foi figurinha carimbada na lista de relacionados. Com seu talento, conquistou a torcida Tricolor e se firmou de vez como uma das boas peças do elenco. Infelizmente na partida contra o Atlético-GO, se machucou e não joga mais esse ano.

Reginaldo e Calazans se destacaram nesse primeiro turno
















Chegadas e saídas

O Fluminense já sabia desde o início de ano que teria que vender algumas de suas promessas. Até agora, não aconteceu um desmanche, mas já houveram baixas no elenco Tricolor. Richarlison foi vendido para o Watford por 12 milhões de euros e o atacante Lucas Fernandes foi emprestado para o Atlético-PR. Além deles , teve o caso Wellington Silva, que estava acertado com o Bordeaux, da França, mas foi reprovado nos exames médicos e voltou ao Tricolor. Mas também teve quem chegasse. Marlon veio do Criciúma. Jovem lateral esquerdo, ficará no Flu até o final do ano, por empréstimo. A solução também veio de casa, e uma casa bem distante. Lá da Eslováquia, do Fluminense Samorin, vieram Marlon Freitas, Luquinhas e Peu, que se destacaram na filial Tricolor na Europa e foram integrados ao elenco. 

Marlon chegou, mas Richarlison deu adeus ao Fluminense
















Lesões

Um dos principais problemas que o Fluminense conviveu ao longo do primeiro turno, foram as lesões. Ao todo, 13 jogadores se lesionaram ao longo do campeonato, sendo que 7 passaram por cirurgia e 3 não jogam mais esse ano(Marquinho, Marquinhos Calazans, Luiz Fernando)

Calazans é um dos que não jogam mais esse ano
















Perspectiva para o segundo turno

Há dois modos de se ver: o otimista e o pessimista. Há quem se iluda e há quem goste de ser o profeta do apocalipse. Tentarei ficar no meio termo. O time não é ruim, como muitos dizem, ele bate de frente com muito time que disputou a Libertadores, mas Abel Braga não consegue dar sequência. Sornoza não joga desde o início do campeonato, e ele fez muita falta. Agora, com a volta dele, pode ser que o meio se acerte e jogue tão bem quanto jogou na primeira metade do ano. O elenco é muito jovem, não esperem ganhar os 19 jogos, isso não vai acontecer, mas o time tem potencial de buscar uma vaga na Libertadores. Com certeza não cai, isso só quem apenas gosta de criticar tudo e todos fala. Que não se misture a política com o futebol, esse time tem muito potencial para melhorar e se acertar os jogos em casa e mantiver o bom desempenho fora, tem tudo para brigar lá em cima e calar a boca de muitos. Temos que apoiar esse time, e principalmente nosso comandante Abel. Ele passa por esse momento difícil, mas decidiu não abandonar o Fluminense, porque acredita que esse elenco merece e tem potencial para que depositemos nossa fé nele. Então, que venham coisas positivas para esse segundo turno, e que o Fluminense possa dar saltos mais altos. 
















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Saudações Tricolores e Vence o Fluminense



Twitter: @loucosporflu

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