quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Abel concede coletiva, se mostra decepcionado com Scarpa e fala sobre o Ceifador

Imagem: Lucas Merçon/Fluminense

















Abel Braga concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira nos Estados Unidos. Abel abordou sobre vários assuntos, entre eles, a situação de Gustavo Scarpa e Henrique Dourado. Sobre o meia, o treinador se mostrou muito decepcionado pelo fato dele não ter sequer ligado para Abel para comunicar sua decisão. Já a situação de Henrique, também é delicada. O Ceifador comunicou a Abel que tem vontade de sair, por conta dos graves problemas financeiros que o Fluminense passa, e o treinador tentará o convencer a ficar.

Confira alguns tópicos da entrevista:

Situação de Scarpa
O jogador, como qualquer trabalhador, tem de receber o salário. Agora, existem situações que podem ser esclarecidas dentro de uma verdade real. E ela é que o clube busca o rumo correto, que possa respeitar o status e a tradição do Fluminense. As coisas foram surpreendentes, para mim ainda mais.

O que me deixou ressentido foi o fato de ele não ter me ligado. Ele poderia ter me ligado. Isso não consegui entender. Eu até o havia colocado como capitão, condição para mim que não é só cara e coroa. É representar o treinador no campo. Ele não me telefonou. Não posso me aprofundar, ser leviano. O que sei é o que ouço aqui. Não ouvi o outro lado. Estou a par até a metade.

O clube sempre merece um carinho diferente. Scarpa recebeu esse carinho. Do clube e do torcedor. A situação, como tem sida exposta, está confusa. A gente sabe que tem vários clubes interessados, pela qualidade. O motivo da atitude é que ainda não entendemos.

Ele é um jogador fantástico, que todo mundo quer. São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Atlético-MG. Ele não é comum. O que me entristeceu foi a maneira. Ele tem intelecto muito bom, entende os momentos do clube, tem leitura tática. Ele tem um feeling legal para lidar com as situações. O que eu lamento é que ele não me ligou. Aconteceu situação com outro jogador que eu fui o primeiro a saber. Criou uma decepção pequena, mas não apaga nada do que a gente viveu.

Henrique Dourado

É uma situação complexa. O Dourado foi um desses jogadores que vieram falar comigo antes de tudo. Fiquei meio bobo. Ele me explicou o por quê. Entendi perfeitamente pois já fui atleta, mas disse que ele tinha de pensar algumas coisas básicas. Ele foi o primeiro a falar comigo, ele está aí, deu a cara, está treinando com todos, com a mesma alegria. E já havia sido decidido, eu disse que ele seria o capitão com a saída do Henrique. Isso deu um peso e confundiu a cabeça dele, vamos ver como se resolve.

Nós conversamos sobre o motivo dele sair. E o motivo é a situação clara a todos, que o Fluminense está pegando o rumo. Mas isso leva um tempo. Ele sabe que o sentido de tudo isso é chegar nesse caminho que vai impulsionar o clube. Tudo isso foi falado, ele sabe. Se baseia no problema financeiro, se quer estabelecer metas, prêmios e se quer cumprir

Busca por reforços

Tenho em vista alguns jogadores, mas não vou falar. Tínhamos um goleiro certo. Mas deu errado. Outro também não veio pois clube não quis liberar. Virá um goleiro, um zagueiro, um volante, um meia e, se o Dourado sair, mais um atacante. Por isso, queremos pressa. Depois do Carioca, ainda virão mais alguns jogadores de forma pontual.

Queira ou não, perdi sete titulares. Cavalieri, Lucas, Henrique, Wendel, Scarpa, Wellington Silva e Richarlison. Podem ser oito se o Dourado sair. Pensa que estou preocupado? Que perco o sono? Aborrecido? Estou otimista como sempre. Meu jogador sabe que para o torcedor ter confiança algo precisa ser feito de forma diferente.

Forma de o time jogar

O grande destaque desse time é que vamos competir mais do que jogar. Torcedor terá de se acostumar. Será diferente. Buscamos algo novo em nível de Brasil, na forma de se jogar. Buscamos atletas que possam se adaptar a esse sistema, com características para tal. Por isso, a permanência do Marlon e a volta do Ayrton foram boa. Gilberto foi bom ter vindo. Eles são rápidos competem.

Sistema com três zagueiros é uma alternativa?

Teremos uma mudança de sistema tático. E tudo tem a ver com o que aconteceu no ano passado. Não podemos cometer os mesmo erros. Eu tive perdas no elenco, não tive ganhos. Chegaram dois. Estou surpreso com o Jádson. Ele não fará coisas mirabolantes, mas ele é rápido e simples. Meio toque na bola. Gilberto caiu como uma luva, eu já tinha levado ele para o Inter. Ayrton voltou muito bem. Vamos mudar e ter uma forma de jogar diferente do que fizemos e do que se faz no Brasil.

Programação de retorno ao Brasil

Não gostei das mudanças feitas pela FERJ. É lamentável. É começar bagunçando o campeonato. Meu time chega no dia 17 ao Brasil, e alguns jogadores vão sair do aeroporto e vão direto a Saquarema. Sabendo disso, reafirmo, propositalmente, colocaram o jogo às 16h30. No calor no verão. Não se justifica a antecipação. O jogo contra o Botafogo já era dia 21 e foi para o dia 20. Boavista, era 18 e foi para 17. E para a nossa surpresa, o jogo era 19h30 e passou para 16h30.

Os titulares, então, viajam no jogo dia 15 pela manhã ao Brasil. Aqui, contra o Barcelona, no segundo jogo, teremos apenas três no banco. O campeonato estadual para nós, no fundo, começa contra o Botafogo. E tentaremos ver o que fazer contra o Boavista. Essa é a realidade nossa colocada pela Ferj.

Jogo contra o PSV

Quero ver o que nós treinamos, a nossa nova forma de jogar. Vamos competir. O time deles é forte, grande. Vi o jogo ontem. É um time bom. Tem dois jogadores pelos lados e um mexicano muito bom. Atacante cria peso dentro da área. Vai ser um jogo interessante para nós. A gente vai para vencer.



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