Após ser conduzido coercitivamente a depor na Cidade da Polícia, por conta do esquema envolvendo algumas organizadas do Flu e cambismo, o presidente Pedro Abad revelou a imprensa que realmente cedeu alguns ingressos para os torcedores organizados, mas que o Fluminense não tinha conhecimento de que os ingressos eram vendidos posteriormente.
- O
Fluminense sempre foi demandado a fornecer ingressos e ajuda financeira, e
nunca fez isso. Em setembro, logo após o jogo contra o Grêmio, o time estava em
situação complicada, nós chamamos todas as organizadas. Fizemos um pacto em
prol do time - disse Abad, que completou:
- As
organizadas colocaram que estava muito difícil levar os torcedores, não tinha
gente para tocar bateria, entregar faixas, nos propusemos a ajudá-los. Ficou
combinado que seria entregue a uma pessoa uma quantidade de ingressos para
serem distribuídos para que os torcedores entrassem no estádio.
- O
Fluminense nunca teve conhecimento de que esses ingressos eram repassados ou
tinham destinação diferente. A torcida do Fluminense nunca é um mal necessário.
Ela é sempre importante. O clube tem a presunção de que as pessoas são
honestas. Não adianta pressupor que as pessoas com quem estamos nos
relacionando são desonestas. Se a gente tivesse conhecimento do que estava
acontecendo, iríamos apurar e eventualmente tomar alguma medida.
Abad revelou também estar sendo vítima de ameaças por parte de alguns torcedores:
- Estou
sofrendo as consequências disso. Meu celular é invadido por ameaças, endereço e
hora de estudo dos meus filhos. Já por WhatsApp fui ameaçado várias vezes. Não
registro queixa porque acho que não cabe.
Por: Daniel Santiago
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